Ah,
coração...
Que fazes
tão gélido ante a face deste amor presente?
E como te
manténs indiferente em resposta aos lábios que te sorriem?
É possível
que não percebas, em ti, os olhos fixos da amante de tua alma?
E não te
aceleram as batidas ao suave toque das mãos que se apertam?
Não se te
atiçam os ouvidos quando ouves teu nome na voz daquela que te tem afeto?
Será que
não vês e não ouves e não sentes aquela que em oculto, silêncio e brandura
Revela seu
amor por olhares, sorrisos e palavras mudas?
Ah,
coração...
Como
reagirás lendo está carta e descobrires que sou eu, aquela que te ama?