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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Enfado


É que a alma se cansa.
E para e senta.
E mesmo em noites dormidas,
Ela continua em enfado.
Pois m'alma, querido
Só há de ter descanso
Quando, enfim,

Estiver em teus braços.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Da Arte de Escrever


Da arte de escrever,
nada sei.

Sei de mim e desta imensidão
De palavras que carrego
Não como um fardo
Mas como algo que me habita,
Que me ocupa ao ponto de transbordar-me.

Da arte de escrever,
nada sei.
Mas escrevo e me esvazio.
E nesse esvaziar-me

É que transbordo em palavras.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Deixo Estes Versos






Ao amor que jamais terei
Deixo a pureza dos sentimentos bons
A singeleza dos dias calmos
E a simplicidade dos risos fáceis

Deixo a beleza das flores raras
A bondade dos despretensiosos
A lealdade do amigo verdadeiro
E a sinceridade que só as crianças têm

Deixo a eternidade de um amor breve
Que pode ser tão intenso
Quanto os longos amores vividos
Durante uma vida inteira

E, por fim, deixo estes versos,
Que talvez nunca sejam lidos.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Silêncios Mudos


E ao me olhares
Não vendo o meu sorriso
E não ouvindo minhas palavras
Apenas demora-te em meu rosto
Sem que diga nada
Perceberás
E há de ser que ouvirás

Os meus silêncios mudos.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Dúbia


Era esta, mas queria ser outra
Era outra, mas queria ser esta
E nesse vai-e-vem de não quer
Ser o que é,
É que se perdeu
Em meio a tantas
Que não era.

E na ânsia de ser ou esta ou a outra
Seguiu sendo
Sem saber quem era.