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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Contradições Intimas


Há em mim silêncios gritantes
Espaços repletos de vazios
E neles, vozes que não dizem nada.
Sofrimentos cheios de alegrias,
Temores escondidos sempre explícitos,
Flores murchas em jardins sempre regados;
Amores mortos e renascidos
Ou que nunca existiram.
Há em mim um desejo imenso
De que um dia tudo seja finito. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Amnésia


Se você sair por esta porta estará tudo esquecido. Esquecerei os beijos que trocamos, as confidências feitas na madrugada, os piqueniques em baixo de nossa árvore. Lançarei tudo em baixo do tapete. Esquecerei as vidraças quebradas, as fotos tiradas, as roupas amassadas depois de fazermos amor.

Se você sair por esta porta estará tudo esquecido. As brigas cheias de riso, as pazes regadas de lágrimas. Esquecerei o quanto gosto do seu sorriso e de como você é irritante e do quanto eu gosto de você irritante. Esquecerei as juras de amor, as xícaras que você quebrou, os mundos que me apresentou.

Se você sair por esta porta estará tudo esquecido. Os livros lidos, os presentes que me deu. O colar de coração com nossa foto no natal, as cartas que ambos escrevemos. Esquecerei o bolo de chocolate em cima da mesa e o bombom que você adora. Esquecerei as flores que plantamos no jardim e que irão morrer agora que você vai embora. Esquecerei as canções que ouvimos juntos e os olhares que me lançou.

Se você sair por esta porta, estará tudo esquecido. Mas, se você ficar, já não me lembrarei de mais nada.




sábado, 2 de novembro de 2013

Distantes Lógicos


Ao meu lado estava
Porém distante
E de perto eu olhava
Aquele que ao meu lado
Distante estava

Sorriu-me
E eu que estava perto
Avisto distante
Sua boca que de perto me sorri

Quem dera
Verdade fosse
O olhar que me lanças
Fosse de amor
Como assim o é
O alhar que te lanço

Pois
Lado a lado estamos
E nos olhamos e sorrimos
Mas nenhum
Ousa mover-se